quarta-feira, 22 de setembro de 2010

dia 2 na procura da beleza

ao explorar o corpo do outro,
permitindo que se manifeste em mim,
copio,
repito,
amplio,
contrario,
diminuo,
conheço novas partes em mim.

no trabalho a pares,
enquanto corpo explorado,
sem receio permito tudo,
deixo que o meu corpo passe a ser do outro,
possibilito/dificulto o seu conhecimento de mim?
enquanto exploradora do corpo do outro,
aprecio o reflexo de um sobre o outro,
e, há momentos que creio existir um só corpo.

na viagem de dois corpos,
pensando num como a extensão do outro,
respeito sobretudo o movimento do outro,
ocupo espaço,
prolongo a acção,
esqueço os preconceitos.

se reconheço beleza no(s) corpo(s) do(s) outro(s)?
reconheço, pois!
lamento apenas fazê-lo raras vezes.

alguém diz "o corpo é a minha casa"
para habitá-lo verdadeiramente
e nele reconhecer beleza,
sejamos, então, generosos connosco...

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