terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Dois testemunhos sobre o Projecto B
Todos já tivemos momentos em que fomos tocados pela Beleza. Todos já sentimos em algum momento o que trouxe às nossas vidas (alegria, vitalidade, inspiração, esperança, ligação, amor, ...)
O fantástico de quando me iniciei no Projecto B, foi abrir-me à possibilidade de vivenciar estes momentos a cada passo do caminho, a cada inspiração e expiração. Deixou de ser algo que acontecia na minha vida arbitrariamente, quase como um golpe de sorte, para ser algo que estava sempre presente (pelo menos como potencialidade), porque eu aspirava a que a Beleza fosse o meu estado interior, porque a procurava.
Fantástico também, foi descobrir como se pode encontrar a Beleza em TUDO.
Apesar de sempre ter percorrido caminhos do sensível, no meu interior, ao conhecer a Teresa e o Projecto B, percebi que esta podia ser uma forma de estar no mundo, quase uma "filosofia de vida", na vida e na arte. O meu lado sensível sentiu-se acarinhado, acompanhado e estimulado; isto fez-me sentir como é importante levar este projecto às pessoas, pois muitas provavelmente também se sentirão assim.
Pude constatar este facto nos ateliês que fui acompanhando, tanto adultos como crianças ficavam comovidos com a procura da Beleza. Para alguns foi certamente reforçar a forma como já viam o mundo, e para outros, quem sabe, foi como fazer uma pausa na agitação mental e emocional que vivem e que os bloqueia, para abrir espaço a um outro estado que lhes permite comover-se com a simplicidade, dedicar algum do seu tempo à contemplação e a estar consigo mesmos numa relação próxima com tudo o que existe. Ou seja, o essencial para sermos seres felizes e conscientes.
Obrigada Teresa, e muita coragem para continuares a inspirar-nos a todos e a fazer deste mundo um mundo mais belo
Teresa Santos
Beleza. O caminho mais fácil seria buscar a definição num dicionário: encontrar autores, pensamentos, à volta desta realidade tão densa quanto simples. Não descarto a possibilidade de um artigo mais científico ou académico sobre o tema, mas o Projecto B levou-me a outro lado da Beleza: a Vida.
Tão simples e tão denso. “Des-cobrir” os esquemas mentais, deixar-me chegar ao coração, dentro da tal simplicidade que leva em si o denso, e permite a possibilidade de novos movimentos e conhecimentos... e assim abrir a porta que leva ao Encontro. Uma das coisas que nos caracteriza enquanto humanos é a nossa capacidade de captar a beleza da realidade: na arte, nos sonhos, nas palavras, nos movimentos que me levam a criar(-me) de forma continuada, abraçando a história de que somos compostos, apontando para novos horizontes, curiosamente a partir de uma escuta atenta do “aqui e agora”.
No silêncio profundo, aquele que conecta com a mais íntima realidade de ser, é possível outro diálogo: o que parecia ser desde sempre, torna-se novo. A beleza como entrada numa nova forma de ver. O que parecia estanque, fechado, quase sem sentido, ganha dinamismo, dá-se a renovação dos acontecimentos que sempre pareceram tão iguais, tão mais do mesmo.
Tudo traduzível na troca de experiências a estabelecer entre as várias dimensões de nós, humanos, ao nível exterior e interior. A beleza do encontro através do encontro com a beleza por quem está disposto a viver a reciprocidade do dar e do receber. E, assim, deixar que a conversão aconteça, permitindo o espaço de universalidade, através da compreensão, do respeito, da integração da relação geradora de vida.
Tudo passa inevitavelmente pelo entender do que está para além do meu rápido ver ou escutar, do que está para além da superficialidade do momento, do que está para além do meu gosto ou desgosto desta ou daquela pessoa. Pode-se dizer: conhecer para aprofundar um mais que se esconde no imediato, sem pensamento ou reflexão. Depois, mais que o conhecimento, entraremos na sabedoria que conjuga a plenitude do viver. O convite ao saber viver.
A sabedoria da vida: promove a abertura ao Outro. Saio da minha casa, entro na cidade, que me aponta o país, levando-me ao planeta e daí entro no Todo. Dá-se a consciência, a revelação, o êxtase clarificador da pequenez que nos torna grandes diante do olhar Divino.
E assim sou chamado a promover a beleza do encontro e sentir a certeza de somos criados não para uma uniformidade mas para uma união de corações, mais ampla que as diferenças. Nesses passos, o Infinito descobre-se e a Beleza surge em toda a Sua plenitude, revelando a densidade presente em tudo o que é verdadeiramente simples.
Paulo Duarte
terça-feira, 29 de novembro de 2011
OBRIGADA TERESA E BELEZA.
domingo, 13 de março de 2011
"Entre todas as coisas" estreia no GUI DANCE
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Reflectir
a propósito do artigo que nos foi pedido para o LURA,
jornal do serviço educativo do CCVF, fiz um pequeno
exercício-brincadeira com os textos escritos pelos
b´s do laboraório.
As palavras mais utilizadas têm o tamanho maior e de
forma gradual, as restantes palavras escalam-se em
tamanho em função do numero de vezes que foi escrita.
Parece-me um exercício interessante que pode servir
de base para fazer-mos uma reflexão, coisa que
já temos feito oralmente, sobre o caminho percorrido
até aqui e o caminho que poderemos querer percorrer.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
"As estrelas sobreviveram milhões de anos porque tem muito cuidado em não absorverem os raios ardentes que os amantes de todo o mundo lhes lançam noite após noite. Se o fizessem, gerar-se-ia tanto calor no seu interior que rebentaria em mil pedaços... ao receberem um olhar, rejeitam-no reflectindo-o para a terra como um jogo de espelho. É por isso que brilham tanto de noite!" e assim os amantes continuam a fazer o seu percurso, como os caminhantes deste projecto B, irradiam e contagiam com a sua energia , sentindo de diversas formas a experiência do Ser ...
terça-feira, 5 de outubro de 2010
restantes dias do Projecto B em setembro 2010
Segundo dia - a relação com o outro
Vaguear pela sala ao encontro de uma parte do outro e tomar consciência da minha parte como um prolongamento se tratasse….
Estou de frente para o outro e tenho de descobrir o que o outro corpo necessita e o que o meu corpo pode oferecer ao outro….
Podemos encontrar Beleza nos outros corpos?
No dar, encontrei o calor emanado do outro, leveza só para fim e senti como respirava o outro corpo como se fosse um prolongamento de mim…queria estar na posição do outro ….
No receber, senti os dedos do outro a percorrer a minha pele senti as minhas partes do corpo mais tensas a serem tocadas …Afagar nas carícias e relaxar a pele…
Adorei a 4 e 5º parte quando estivemos todos juntos a encontrar a beleza nos outros corpos e a música dengosa ajudou os corpos a se libertarem….
E o percurso de A------B, com o nosso par em que a música ajudava, como o outro fosse o nosso prolongamento.
Terceiro dia - a importância da respiração para a minha tomada de consciência de que eu existo e como posso controlar as minhas emoções mais básicas…
Sentir uma parte do nosso corpo que respira como se a coxa da perna fizesse o mesmo que o ventre… foi maravilhoso conseguir dirigir a minha concentração para um determinado sitio. Mais difícil foi fazer com duas e três partes do corpo… o cérebro ficou baralhado e não conseguia pensar…senti que fugia ao meu controle mas deixe-me ir no embalo da sensação…
Também nesse dia, tive de aplicar os conhecimentos aprendidos nos meus movimentos com música e sem ela…
Na acção, o meu corpo sentiu o movimento fluir com a respiração e a dança aconteceu simplesmente de dentro para fora …foi um momento muito sentido e muito interiormente percorrido…apetecia-me ver-me a dançar…mas tive as sensações de quem me observou…
No observar os outros, o que mais me fez sentir, foi quando os rostos mudaram com as sensações do que é respirar, o que é estar com eles próprios no seu âmago…os rostos ficam mais expressivos e é belo ver a transfiguração do corpo e ai ele torna-se Belo…
O que os outros disseram das suas experiencias… “ tive prazer de ouvir a minha respiração …a relação da cor com a respiração…quando penso na respiração tenho mais dificuldade de a realizar…”
Sentir o presente, no aqui e agora, sentimos o nosso centro interior em ligação ao nosso corpo físico; sentir a transformação dos outros…
No quarto e quinto dias foi a experimentação de tudo o que nos foi proposto percorrer…
Procurar a beleza num sitio ou objecto impensável de se ter… o meu grupo encontrou a Beleza num caixote do lixo multifacetado: fazia sons, era um robot humanizado, tinha muitas utilidades uma delas era espelhar o reflexo dos nossos corpos que foram fotografados e relembravam paisagens aquáticas ,seres estranhos no prolongamento dos nossos seres.
No quinto dia, em grupo tivemos que oferecer a um outro grupo o nosso projecto, que antes tivemos que o desenvolver… Recebemos também um outro projecto “ E se a Beleza andasse de mão dada com o silêncio?
O silêncio tem níveis, difícil de atingir, como se sente o silencio…e como o ligamos (estado mais perto de nós). Surgiu palavras como vazio, serenidade, devagar e o toque na pele. E depois foi executar as propostas escolhidas numa performance. Foi escutar em silêncio o meu próprio gesto e o gesto sentido do outro como de mão dadas se tratasse…quebra-se o silêncio com um suspiro!
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http://www.vuelvevisibleloinvisible.blogspot.com/
terça-feira, 28 de setembro de 2010
dia 4 na procura da beleza
proposta para grupos: encontrar a beleza aonde não fossemos.
fico com jesus e joão.
decidimos: o caixote do lixo.
(des)cobri-lo,
suspense,
contradição...
resultado: performance "o sopro da criação"!
passos:
entramos com o objecto na sala de ensaios,
carregamo-lo indiferenciadamente,
mas intencionalmente,
joão apanho o sopro,
passa por todos,
meto dentro do objecto,
contemo-lo,
o objecto ganha vida,
deitamo-lo cuidadosamente,
fazemo-lo respirar,
acompanhamos,
dou o último fôlego,
terminamos matando o objecto.
dia 3 na procura da beleza
semáforo do bem-estar,
instrumento fundamental.
ali, voltei a recordá-la,
a chamá-la para junto de mim,
permitindo que ela me tomasse, me guiasse e acariciasse,
num mergulho no meu eu.
respiro,
movimento,
vivo,
penso,
desconcentro-me,
desisto.
encho-me de ar,
arrisco,
parto de novo,
expiro,
una,
inspiro,
situo,
movimento,
expiro,
vivo,
adoro,
inspiro,
situo,
movimento,
sítio e movimento,
sítio e movimento,
sítio e movimento...
mas quem vem primeiro?
o movimento ou a respiração?!
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Desafio B
. Porque o acto de criação é mais belo e intenso quando partilhado;
. Porque é fascinante descobrir-me através do outro;
. Porque a beleza do olhar do outro me mostra o que o meu não consegue ver;
. Numa tentativa de chegar “nesse lugar mais dentro onde só chega quem não tem medo de naufragar”;
. Porque o Blogue não me chega;
Fica aqui o desafio B: um encontro semanal para criar e continuar a descobrir e experienciar Projectos B. Alguém alinha?
No silêncio do meu corpo | 5 dias de Projecto B
Um sentir na pele o desejo de experimentar.
E o impulso ganhou a corrida, pelo que, quando abri os olhos já lá estava.
Se tinha dificuldade em explicar porquê ir, muito mais dificuldade tenho agora, em explicar o que aconteceu.
Não tenho palavras…
Fecho os olhos e ainda sinto no meu corpo a melodia desses dias.
E apetece-me ficar assim, no silêncio, a sentir o que o meu corpo guardou.
Descobrir-me / Descobrir o outro/ Descobrir-me no outro.
Sei apenas dizer que durante 5 dias habitei um espaço com muita melodia, suavidade, magia, sensualidade, descoberta, criação, intensidade, aventura, ousadia, muita BELEZA e cumplicidade. Ah! A cumplicidade…
Como me fascinou a cumplicidade!
E se a beleza se esconde na cumplicidade?
A todos, estou muito grata!
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
dia 2 na procura da beleza
permitindo que se manifeste em mim,
copio,
repito,
amplio,
contrario,
diminuo,
conheço novas partes em mim.
no trabalho a pares,
enquanto corpo explorado,
sem receio permito tudo,
deixo que o meu corpo passe a ser do outro,
possibilito/dificulto o seu conhecimento de mim?
enquanto exploradora do corpo do outro,
aprecio o reflexo de um sobre o outro,
e, há momentos que creio existir um só corpo.
na viagem de dois corpos,
pensando num como a extensão do outro,
respeito sobretudo o movimento do outro,
ocupo espaço,
prolongo a acção,
esqueço os preconceitos.
se reconheço beleza no(s) corpo(s) do(s) outro(s)?
reconheço, pois!
lamento apenas fazê-lo raras vezes.
alguém diz "o corpo é a minha casa"
para habitá-lo verdadeiramente
e nele reconhecer beleza,
sejamos, então, generosos connosco...
dia 1 na procura da beleza
ignorar regras, o que está instituído,
buscar uma nova teoria da coisa, integrando-a.
sentir de todas as formas, sinestesicamente...
entre nós e naquele espaço,
descubro o jogo,
sigo-vos e copio-vos,
desapareço e apareço no espelho e atrás da tela,
acelero e afrouxo.
avalio o tacto e o que este provoca em mim,
prefiro as superfícies irregulares às lisas,
e sinto os dedos e os pés a descolar do chão.
ouço outras músicas,
alguém arrasta os pés,
outros batem os calcanhares,
todos com ritmos diferentes.
por fim, aprecio o nosso desconcerto nesta procura.
em mim, percorrendo todo o meu corpo,
descubro contrastes,
rígido e mole,
pequeno e amplo,
suave e duro.
corpo que não se rende ao desiquilíbrio!
corpo definido e infinito!
corpo em movimento, sem intenção!
todo o meu corpo dentro de mim.
alguém diz "voltar a mim",
assim seja...
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Aceitar
o que vêm para além de que os nossos olhos possam ver...
somos um viajante explorador e podemos desenhar os nossos próprios mapas com as linhas do nosso corpo ,as rugas , as veias , os meridianos ...
Então como se procura a Beleza?
Procura que o nosso interior se possa manifestar; na poesia dos seres e das coisas e ser nós mesmos e não querer ser o outro...
Procura do corpo através do teu próprio toque...gostei de sentir as minhas partes pontiagudas ( nariz,cotovelo,joelho, tornozelo e dedos) sobre uma superfície côncava ( palma da mão ,a frente do cotovelo).
Descobrir as partes do corpo através do movimento...Estava sentada, fechei os olhos e senti embalada pela música clássica assim me soou e deixei-me ir e senti a repetição dos movimentos com a cabeça , as mãos e pés mas não conseguia roda-los ao mesmo tempo nem com a mesma intensidade. A musica invadiu o meu corpo pela bacia e toda a dança se manifestava daí para todo o corpo... foi uma sensação nova para mim . fez sono e relaxei ...
o que ficou do grupo que achei lindo...
....todo o meu corpo dentro de mim... o corpo à margem da minha vontade... um corpo grande demais...
Cartografia dos objectos belos dentro da sala de ensaios...
o fio dos estores que desenham as suas formas redondas ,que acontecem por acaso devido ao seu comprimento e se espalham no chão, com o redondo cair dos panos das cortinas... com o emaranhado dos fios eléctricos enrolados pela mão do homem em contraste com os círculos concêntricos perfeitos do tecto ( saída de som ou entrada de novo ar ?) com os nós concêntricos e os mais naturais da madeira . contrastes e paralelismo.
o que ficou do grupo...
sentir na mão o pó de giz com a macieza do lápis de cera e o seu cheiro ,olhar o corpo etéreo para além do vidro da sala e olhar o corpo físico dentro da sala , ver o movimento subtil da cortina ao toque da mão ,conforme esse toque aumenta a sua amplitude como de um movimento cardíaco se tratasse, a terra no céu -a terra dura ,áspera a pedra do granito e o céu leve e macio da parte que brilhava.
"Expor-se é existir , é revelar-se ao mundo com todos os seus predicados" Giorgio Agamben
Vivemos sempre em busca...
“Vivemos sempre em busca...
Buscamos a tudo, a todo o tempo!
O amor perdido, a riqueza almejada, o respeito necessário...
E o que procuramos verdadeiramente?
Não sei?!?!
Porém, nesta corrida frenética e constante pela conquista, nos cegamos para o real.
Para as coisas que realmente Fazem a diferença em nossas vidas.
Sábio é o homem que valoriza o comum, o habitual.
Pois é do pequeno que se chega ao grande.
Tudo o que há de grandioso não se concretizaria sem o pequeno!!!
Penso, que a verdadeira busca necessária
É a busca pelo aprendizado;
Somente através dele poderemos valorizar o que realmente importa para nossas vidas.
Porém, não há busca sem sofrimento, nem felicidade sem dor.
É preciso sentir a dor para gratificar-se pelo alívio.
Faça como o sábio...
Olhe para dentro de si e descubra que a felicidade é um estado de espírito.
Sinta-se feliz
E verás a real beleza da vida!!” Autor desconhecido
O Aleph - Filipe Costa
fulgor. A princípio, julguei-a giratória; depois, compreendi que esse movimento era uma ilusão
produzida pelos vertiginosos espetáculos que encerrava. O diâmetro do Aleph seria de dois ou três
centímetros, mas o espaço cósmico estava aí, sem diminuição de tamanho. Cada coisa (o cristal do
espelho, digamos) era infinitas coisas, porque eu a via claramente de todos os pontos do universo."
domingo, 19 de setembro de 2010
Bem Vindos ao Projecto B
quarta-feira, 26 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
O Projecto B, em desenvolvimento desde Janeiro de 2009, é um projecto de pesquisa, experimentação, sensibilização e criação coreográfica cuja força motriz é a procura da beleza, “lugar em comum” entre os seus intervenientes.
Propositadamente estendido no tempo, envolve ateliers, conversas e outras actividades que visam estabelecer uma relação de partilha, troca e enriquecimento mútuo.
Interessando-se, pois, pela visão, planos e estratégias que cada um pode criar para que a procura B possa ter lugar, ele será, por fim, um álbum, uma colecção dos processos, experiências e vivências de todos aqueles que, permanente ou temporariamente, dele fizeram parte.
O Projecto B não pretende definir o que é a beleza, mas gostaria de contribuir para relembrar a sua importância: relembrar e despertar são parte dos seus objectivos. Despertar para quê? Para o âmago – de mim, de ti (de nós) e de todas as coisas. Procurar, no fundo, a essência: perceber o que acontece no ser quando se procura este contacto e o que pode ser criado a partir dessa experiência.
“na terra a olhar o céu” é o primeiro de dois objectos coreográficos a serem criados no âmbito do projecto.
“A procura b tem-me levado a investir em mim de forma mais cuidada e carinhosa. Tem-me possibilitado conhecer novas pessoas e organizar novos eventos. Tem-me feito viver outras dinâmicas de relação que poderiam ser representadas
com o símbolo <------>. Tem-me deixado perceber que, apesar das diferenças, também existem semelhanças e lugares universais. Tem-me trazido diferentes encontros e tem-me revelado que cada um deles tem algo para me dar, cabendo-me a mim descobrir onde se encontra essa dádiva. Tem-me permitido dar, receber e devolver.
Sorrio com o percurso realizado.
Identifico no mapa o país b e admiro como tem vindo a criar a sua própria geografia.
Este projecto é
sobre todos aqueles que comigo
arriscaram aventurar-se
e acreditar numa ideia –
uma ideia que se calhar não serve para coisa nenhuma
mas que nos move.”
Teresa Prima
Agradeço a todos aqueles que procuraram comigo.
Dedico o Projecto B ao Sri Aurobindo e à The Mother.
Ficha Artística
Colaborador artístico – António Lago
Desenho de luz – Diana Pimenta
Assistência de ensaios – Isabel Costa
Assistência de produção - Olga Almeida
Figurinos – Manuela Ferraz
Design: José Pelicano
Gestao de Projecto- PI- Produções Independentes
Agradecimentos: Paulo Duarte sj, Maria Lemos, Serafim Prima, Arte e Simplicidade,
Rui Rodrigues, Eurobotânica e a todos os convidados do Ciclo de Conversas com pessoas sentadas em círculo.
Colaborações: Adishakti Laboratory of Performing Arts, Teatro Maria Matos, D´Space
Projecto financiado por - Ministério da Cultura/ Direcção Geral da Artes (2010)
Co-Produção- Núcleo de Experimentação Coreográfica, Balleteatro, Centro Cultural Vila FlôrProjecto criado no âmbito do “Serviço Permanente”/NEC
sábado, 20 de março de 2010
Ana Isabel F, Impressões
não haver atrito
não julgar
sentir nada e tudo ao mesmo tempo. foi procurar, talvez encontrar mesmo que por breves instantes.
foi sentir, ter consciência.
ver, ouvir, observar cada parte e ouvir o todo.
viagem ao infinito
tranquilidade sobrenatural
às vezes o esforço doía mas ainda assim, deixas-te levar
reunificação
acordar estanto enebriada pela mente
despertar e simultâneo sono em que o que interessa é o nada, o zero, a ausência e a consciência dessa ausência
o que és tu ? és belo ? porque não ? o que é o belo ?
a beleza faz parte do dia-a-dia, ou talvez não. esta em todas as pequenas e grandes coisas, at´r no ar ? em tudo, até no feio, tornando-o sublime.
quando me relacciono com o belo tento absorvê-lo ao máximo, usufrui-lo e se possivel interpretá-lo.
é pena que tal so seja ‘’possível’’ com a beleza-standart e não com tudo o que nos aparece à frente.
paz vs conflito
mais entrega
sossego
mundo interior
instantes
toque
som
cheiro
cor
mutação
evolução
liberdade
poder
respirar
estará nos actos? não em coisas mas em nós próprios ou em acções? ver a mafalda mexer nos cabelos era isso: não era ver a mafalda, nem os seus cabelos. era ver a mafalda deleitada a mexer nos cabelos.
ver a lâmpada por si só pode parecer ôco (?) mas ver a lâmpada e interagir com ela pode ser mais interessante.
e ouvir e sentir e ver.
ser mero expectador. Será que só observando a beleza é que esta surge ? só procurando-a, experimentando-a ?
ou já existe ? ou é a junção destas duas coisas ? é procurar
expectar. E não deixar de sentir.
mas que sentimentos serão os mais belos ? haverá sequer beleza nos sentimentos ? eles são resultado da nossa interacção com algo logo poderão ser eles próprios beleza?
e se tudo for beleza ?
mas o que é belo ?
existirá sequer ?
ou é uma necessidade humana para escapar à monotonia da realidade ?
humana ? mas os animais também pressentem beleza. Nem que só nos cheiros, nas cores também. Pelo menos é o que no odisseia se diz. É assim que escolhem os parceiros…
ou será a beleza transformação ?
voar
receber
flutuar
relaxar
joelhos NÃO! (o filipe e a eduarda estavam a tocar-me nos joelhos, e eu precisava de tudo menos disso !)
mais consciência do corpo, de outros musculos
libertação
segundos que demoram a passar
tocar brincar mexer olhar absorver perceber libertar
e se o meu corpo encontra beleza quando me rendo ?
vida. Beleza na interacção aparentemente inexistente
estado puro
diálogo sem palavras e mesmo sem gestos. Sem pretenções, intenções
Estar, existir. Sentir que estava mesmo ali, e quem estava ali
básico da existência
esquecer tudo e render-me
fundir-me com tudo o que me rodeia
silêncio confortável puro e decididamente e assumidamente presente.
estar por estar
ser e respirar
não pensar e ainda assim existir
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Quinta Sessão
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Descobri que: "[Me] sinto bem ao tocar e ser tocado; sinto-me vivo. Quero fazer algo, mas depois apercebo-me que já não quero. Mostro que quero e espero."
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3 coisas que que ficam das 2 ultimas sessões:
1- Processo: aquilo que está aberto à mudança. O ser humano é um sistema aberto.
2- Relações: eu não estou separado dos outros. Devo ser capaz de ver diferença onde há semelhança e ver semelhança onde há diferença.
3- Ser Total: viver implica integrar emoção, pensamento, fisicalidade e influências sociais.
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E a agora? Não sei qqual é a minha zona!!
Gostava de continuar a trabalhar com o grupo.
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Sérgio
sábado, 20 de fevereiro de 2010
uma conversa
Que tipo de olhar? Olhar para vêr o quê? Quando olho, o que procuro reparar, notar, anotar, dar valor?
Assim, em primeira análise surgiram-me alguns destes “olhares” possíveis, ainda que, pela natureza deste projecto penso que podemos deixar que a intuição nos conduza esse olhar, que deixemos que nos chegue o que tiver de chegar, podendo depois ir ajustando a procura e feedback consoante as necessidades específicas de cada momento.
Alguns aspectos a serem observados:
- que tipo de indicações são dadas para cada exercício e que enunciados proporcionam um melhor entendimento da proposta
- testemunhar o percurso individual de cada participante e de que forma é que ele se desenrola.
- que características de presença aparecem em determinados estados
- que princípios estão por trás dessas qualidades de presença
- de que formas um possível espectador se poderia relacionar com estes “objectos”
- que experiências reais me acontecem a mim enquanto observo, para onde é que a minha imaginação é levada
- que relações faço com outras situações, objectos artísticos, pensadores, histórias da vida, etc.
- entre tantas outras coisas que nos vêm à mente e que podemos anotar e partilhar se nos parecerem pertinentes...
maria lemos
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Algumas ideias que ficam...
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Gostaria de expor algumas ideias que fui retendo das sessões que tivemos até ao momento.
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1º A palavra "beleza" é apenas um rótulo para definir a essência das coisas. E o que é a essência das coisas? É quando se tira tudo o que é supérfluo. E o que é supérfluo? Será tudo que nos impede de experienciar o momento presente. E o que é o momento presente? É tudo. Nada existe a não ser um eterno momento presente. O momento presente é a beleza. Veremos "beleza" se conseguirmos experienciar este processo interminável.
António Variações relata, numa música, a angústia de não conseguir viver o momento presente:
"Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P’ra outro lugar"
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2ºAceitação: parece ser um requisito para a plena vivência do momento presente. O que é a aceitação? É a inexistência de atrito, o "deixar fluir", o "libertar-se dos bloqueios". Que tipos de bloqueios existem? Existem pelo menos 3 tipos de bloqueios: 1) biológico (ex. uma deficiência motora pode impedir a expressão através de certos movimentos); 2) Psicológico (ex: se tiver medo de mostrar quem sou, vou restringir a minha expressão) e 3) Social (ex: o racismo/idadismo/sexismo podem ser impedimentos à expressão).
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3ºO Amor como Atitude. Há quem lhe chame de Amor incondicional, isto porque não há condições que possam afectar a pessoa que nutre tal afecto. Parece que é muito difícil amar assim, mas talvez não seja impossível porque outros já o conseguiram. O amor como atitude não tem um objecto especifico (como o amor romântico, fraternal, etc.) porque tudo que existe é objecto desse sentimento.
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Sérgio.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
2a sessão do Ciclo de conversas com pessoas sentadas em círculo
A conversa será moderada por Paulo Duarte sj.
http://www.youtube.com/watch?v=cGkIsR5zH1A
2º dia do atelier
Eu, que observo, sou também levada por essa escuta tranquila que acalma os pensamentos, envolvida pelo som, pela voz que vai enumerando com um tempo próprio as diferentes partes do corpo, e pela imagem constante dos corpos deitados no chão.
Fico sempre surpreendida uma vez e outra e outra perante o quanto a dança dá a vêr relativo ao que se passa no interior. É tão evidente por vezes a transição entre o fazer superficial ou o fazer entregue, digamos. Por ser um assunto tão delicado e de tanta subtileza é-me bastante difícil encontrar as palavras que mais apropriadamente descrevem a experiência.
A beleza aqui, neste exercício, não reside, penso eu, naquilo que se pretende projectar, uma vez que essa faceta não é foco da atenção dos participantes, mas no que ressalta e se torna visível resultado de uma experiência íntima com o próprio corpo.
Exercício 2
Escrevi apenas: pequenas descobertas tornam-se delícias, primeiro só nossas, depois partilhadas.
(é belo? ou é bom? ou é engraçado? Mais do que a coisa em si é a expeiência que tenho da coisa)
Exercício 3: E se a beleza já se encontrar aqui?
Deixar ecoar a questão no corpo: a possibilidade de usar este momento para encontrar respostas experienciais à pergunta, respostas que se actualizam a cada instante.
Aproveito para dizer também um obrigada aos participantes e à teresa mpor poder testemunhar as vossas descobertas pessoais neste dia...
maria lemos
domingo, 7 de fevereiro de 2010
BEM VINDOS!
Olá Participantes do 3º Atelier de Pesquisa Coreográfica Projecto B.
Será a estreia deste Atelier para um público não profissional do espectáculo, estou mesmo muito curiosa de onde me/nos vai levar esta viagem.
Este espaço e tal como todo o resto do Projecto B, espera que se apropriem dele.
Bom mergulho!
Teresa
sábado, 5 de dezembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
O porque do livro?!?
"A beleza deve ser convulsiva, ou não o é"
respondo-lhe
"Francisquinha Murias 'A beleza deve ser convulsiva ou não será beleza...'
November 13 at 12:05am
Vera Costa andre breton... suuuuuuuuurrrrrreeeal :)
November 13 at 12:14am"
Depois disto troca-mos umas boas palavras e ela falou me deste livro, achei bastante interessante e vim aqui partilhar com voces.
A vera é estudante de belas Artes e ainda vai dar que falarr!!! ahah
Um bom livro....
Para quem gosta de ler
É carote foi por isso que ainda nao o comprei!! Mas pelo que oiço é fantastico mas dificil tb!
GOOD LUCK
domingo, 15 de novembro de 2009
E se eu encontrar beleza no instinto?
2º dia:
Como observadora: Normalmente, quando nos atiram com uma bola, a parte do nosso corpo que está a ser "atingida" retrai-se.
Como intérprete: Essas partes do nosso corpo retraiem-se inconscientemente. É um tipo de defesa que o nosso inconsciente tem para nos proteger.
Quando o jogo acabou (quando deixei de ser "alvo"), a reacção que o meu corpo tem é de alívio.
Nota: Protego-me, várias vezes, virando-me para a parede (uma das coisas que descobri com este jogo e quando vi o vídeo.)
3º dia:
Como observadora: A Marília, Tânia eFlávia, às vezes, protegem-se só a pensar em si próprias, mas, às vezes, recorrem-se umas às outras (principalmente a Tânia com a Marília, a Flávia protege-se mais a ela, ou seja, não recorre muito às outras).
Em geral: Vi medo e protecção em todas.
Protegeram-se tanto com as mãos, como a encolherem-se e até mesmo usando-se umas às outras como protecção.
Como intérprete: Senti uma necessidade de me proteger (encolher-me e também proteger-me com as mãos), mas também de fugir.
Quando estava em grupo protegia-me mas escondia-me também através de alguém, comose essa pessoa fosse uma barreira que me protegesse ainda mais.
Ao fazer o tipo de jogo, que tanto estava a atirar com a bola como a seer atingida por ela, senti a mesma necessidade de me proteger e de fugir. Estava,no entanto, a ser mais surpreendida, logo as reacções eram mais e maiores.
Marlene Granja
sábado, 14 de novembro de 2009
Após a experiencia B...
Foi um caminho dificil, mas por vezes nós complicamos ainda mais!! Adorei viver isto e depois de apresentarmos os nossos projectos vejo que foram precisos os anseios e até os medos de B para tentar encontrar a beleza.
Percebemos então que nao é preciso realmente o resultado mas simplesmente mostrar aquilo que sentimos e vamos continuar a sentir.. Menos é igual a mais, menos é mais que mais!
A minha experiencia enquanto participante, observadora, documentarista, etc.. Foi...?!?!? Aaaaltamente! ahah. Achei demais algumas pessoas a quem fizemos a nossa prova dos 9! As reacções completamente diferentes destas foram engraçadissimas e podermos partilha-las com voces foi optimo para o meu caminho e o caminho dos meus colegas! Apesar de achar que para muitos a compreensão foi pouca ( tens que me desculpar teresa, mas algumas ideias ainda permanecam)!!! Vou continuar neste processo e quem sabe contigo Teresa encontrar mais um E SE.... e se o meu corpo reconhece beleza na teresa!? Lol! estou a brincar..
Até breveee
P.s quanto as ondas do mar, eu consigo reconhecer logo beleza!!
Os meus comenarios sobre algumas partes da experiencia obtida.
vou começar por falar num dos primeiro exercicios, experienciado no dia 5/11, onde o 'e se...' proposto é: 'e se.. cada cm2 do nosso corpo expressa-se beleza?'
''O clima criado, e depois de sintetizada a predisposição para a tentativa de execução de um exercicio onde nos confrotamos com a ideia de tudo, e simplesmente nada, o movimento, os pequenos pormenores serem parte dessa beleza que se pretende encontrar, verificamos a existencia de uma confiança tal que nos faz estar atentos aquilo que o nosso corpo quer fazer, é criada uma intenção no movimento que o torna simplesmente belo.
Esta é a parte em que nos apercebemos que não há lugar para uma 'tentativa de ser' mas sim 'ser mesmo'.
depois da experimentação deste exercicio, desperta-se para mim a relevancia da intenção e interiorização do pressuposto: 'e se...eu...' quando se esta para ser, tem que se ser mesmo. Ali, naquele determinado espaço e momento, abstraido do que nos rodeia e das possiveis discriminações, é necessário nao ter a intenção de mostrar, mas sim realmente senti-lo.''
Outros dos meu comentarios é a um dos exercicios, no qual o objectivo era tentar reconhecer beleza no corpo de outros. O comentario da marilia a este exercicio referenciou parte do que vai surgir no meu comentario pois lá para o meio tvemos uma situação comum a ambos que foi bastante estranha.
E se o meu corpo reconhece beleza no corpo de outros?
A tentativa interiozada de tentar retirar uma perspectiva positiva, daquilo que é observado, fez-me que, como o simples, racionando de forma diferente, se pode tornar tão belo.
'os pequenos detalhes que podem tornar algo magnifico.'
De certa forma para mim, não foi facil 'tornar' belo, tudo aquilo que me rodeava, ate consegui interioriza-lo, mas perde-lo tambem foi muito facil com um simples virar de costas da Melanie, que de certa forma me transmitiu rejeição, coisa á qual eu nao lidei muito bem com a situação.
O tipo de reacção certamente , como em tudo, é influenciado por experiencias de vida anteriores.
Durante a experiencia o sentimento altera-se na minha opinião, essencialmente devido a uma associação livre patente no nosso inconsciente com aquilo que foi outrora experienciado. O receio de ser rejeitado, a necessidade do proximo, e a forma como lida-mos com as nossas relações conjugais são aqui experienciadas. A confiança no próprio e a falta dela, assim como a confiança no outro.
e... perante as vivencias e acontecimentos daquele determinado momento.
quando realmente o meu corpo sente essa beleza existente no corpo de outro, forma-se um sentimento insaciante de me colocar numa predisposição tal para ele onde ai ja não responde o consciente, mas sim o biológico. A entrega é tal que ambos os corpos racionam por um só e ambos os pensamentos reflectem o que sera benefico a ambos.
Depois de uma pequena conversa com a Teresa onde ela realçou um determinado momento durante a execuçã do exercicio em que a Marilia se coloca sobre mim e eu não ter aceitado aquele gesto, em que de certa forma, o sentimento obtido pelo observador se tornou de rejeição. Após esta observação, pus-me a pensar, terei tido esta atitude devido a uma falta de interiorização do pressuposto correcto e do pretendido, pois se realmente tivesse interiorizado o sentimento proporcionado resultaria povavelmnete num sentimento de entrega, e não de repulsa. Mas ai, ponho-me realmente a pensar: terá sido uma má interiorização do pressuposto, ou será aquela a forma como lido com quem de mim se aproxima. possuindo todo aquele brilhar no olhar?
Poderei ter achado aquela atitude alsa, o que fez com que de certa forma tivesse alguma repulsa? ou poderá ser um mecanismo de defesa, de desvalorização do outro para manter a minha propria segurança sentimental?
Acho que depois de tudo, este exercicio e esta decomentarização, se tornou para mim não só uma mera tentativa de experimentação, mas sim, uma auto-analise do meu consciente e inconsciente á forma como lido com possiveis relações.
''objecto de introspecção'...
e por fim, peço desculpa por qualquer erro gramatical ou semântico, isto é apenas um brainstorm feito e expelido pela minha mão direita a pegar numa caneta numa das viagens de comboio comuns no meu quotidiano entre S.Bento e Espinho. ideias desorganizadas, directamente do que mais se aproximam do meu inconsciente.
PS.
Abraço T
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Pós Mostra
Acho que não esteve só lá a B mas quase o alfabeto todo.
TP
Ps publiquem os vossos vídeos que integraram a apresentação.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
12 de novembro, 2009 Grupo de Marília, Claúdia, Tânia, Marlene, EdeL, Flávia.
Concluímos que perante o desconhecido as pessoas convidadas a participar tiveram uma reacção, no geral, de indiferença à situação, rejeição, desconforto, incompreensão e exposição. No entanto, na vivência da Alexandrina, ela descreveu que inicialmente foi estranho mas depois sentiu curiosidade, suavidade, vento e frescura, uma vontade de responder e interagir da mesma forma.
Em relação a nossa experiência enquanto grupo, achamos que foi uma procura instável e muito intrigante, pois a situação criou um núcleo de emoções que despertou uma enorme curiosidade. O gostar de estar ali, de sentir a experiência, o gosto, o desejo, a envolvência, o dar e receber. Tudo isto abriu a nossa consciência para novos horizontes, procurar em estímulos simples mas que são infindáveis. Achamos que reconhecemos beleza no processo, na maneira de ver as coisas.
Agora as coisas simples já não são só coisas simples, se tiverem o nosso olhar tornam-se extraordinariamente complexas.
A decorrer o processo de procura
Várias sensações, toques diferentes, emoções diversas.
Olhar para ela, sentir a sua necessidade de toque, "ouvir" o que ela nos pedia, dar e receber, querer encontrar a sua beleza com alma aberta, mostrar aos outros a nossa cumplicidade, o nosso intimo, a vontade de lhe tocar sem nos aperceber-mos disso.
Receber sua energia e disfruta-la como se fosse a ultima vez a poder-mos sentir.
A o sentir o seu poder natural acaba.mos por nos deixar ir pela força da natureza, flores, insectos,terra, movimentos inspantaneos sensações únicas.
A conclusao que retira-mos desta bela experiencia foi que não percisa-mos de lhe estar a tocar , mas sim pensar no que lá há de belo e sentir, tranpostar a sua beleza para dentro de nos.
Daniela Moreira, Maria Inês, Maria Eduarda, Rui, Sofia
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
"Decidimos ir ao encontro do nosso "objecto de estudo" uma árvore, manter o contacto com ela.
Ao inicio sinceramente senti que as coisas estavam a ser um pouco forçadas, estavamos a ter um certo fingimento ao tentar ter uma ligação/relação com ela.
A Inês para quebrar esta ligação falsa de repente pegou numa folha e começou a mexer nela, depois de repente começou a brincar com ela até que quando demos por nós ela estava tão dentro que parecia ter uma relação incrivel com aquela pequena folha, era lindo ver aquela cena, estavam tão intimas, dizia mesmo que havia uma ligação entre elas!
Depois fizemos vários processos, aos quais a árvore já nao era o nosso objecto principal mas sim a natureza.
A daniela manteve contacto com a terra tendo os pés descalços. a eduarda deitou-se sobre a arvore tocando nos ramos folhas e tronco, parecia tao serena, gostei. A sofia manteve contacto mais visual e fisico tocando nos ramos com as maos.
Eu peguei em folhas de um ramo, comecei a tocar lhes e a acaricia-las, quando dei por mim estava a cheira-las e a passa-las pela minha cara, senti-me em paz naquele momento. foi uma sensação estranha como me entrei a um simples ramo com folhas e o facto de ao inicio estarmos preocupados com estarmos a ser observados e filmados foi dificil, mas muito rapidamente deixamos de ligar a isso e conseguimos ter esta ligação com a mãe natureza, encontramos o estado de calma nela.
Foi bom, e deu para perceber melhor o objectivo pretendido."
Rui Pissarra
Para amanhã a nova sugestão é realizar o processo com pessoas que desconhecem o projecto B, deixá-las experienciarem a situação e pedir-lhes que documentem o que sentiram.
Árvore.
querer repetir, ao ver o video senti outra vez tudo o que senti no palácio, estando num espaço diferente, segurança, atenção duplicada, risos, cosnciencia, afecto. (enquanto observador)
Enquanto estive em contacto com a árvore apercebi-me que a árvore era um pequeno pretexto para estarmos em contacto com a força da natureza. Gostei da minha experiencia, pois estive nela desde o momento em que entrei no palácio de cristal poir vi uma folha no meio de muitas que me chamou a atenção, então andei sempre com ela na mão a brincar e a conhece-la até á árvore escolhida, aí sentada ao lado da árvore continuei a brincar com a minha folha a senti-la( em várias partes do meu corpo como mãos, boca, nariz e pescoço), observa-la, cheira-la mas o que mais gostei de sentir foi que estava realmente a gostar da tal folha, houve uma ligação.
Usamos o filme como meio para documentar e não só, até porque usamos o filme para nos vermos em contacto com a natureza e documentar as reacções que o video nos provocou.
O video acabou por nos mostrar a diferença do movimento genuino e espontaneo do movimento já criado e recriado que já está imposto inconscientemente nos nossos corpos e mente.
Para amnhã pensamos em trazer as sensações que sentimos hoje graças á energia que se criou entre o corpo e a natureza para dentro do estudio, ainda não sabemos como mas um dos passos que vamos dar é mostrar a cada um os pensamentos que tivemos e escrevemos.
Maria Inês
Experiencia do contacto com a arvore
Decidimos filmar para depois visualizar-mos e ao ver o video poder falar sobre o que estava-mos a sentir naquele momento.
No inicio da experiencia , confesso que nao foi nada facil , nao me estava a sentir a vontade pelo facto de me estarem a filmar ,levando-me a cair na tensação de fazer por querer e nao por me deixar levar pelos instintos, mas passado um tempo comecei a sentir a terra como se fosse minha , como se fizesse parte do meu SER, aí sim deixei.me levar pelas sensações que esta me transmitia.
Ao ver o video, apercebi-me da diferença do fazer "provocado" e o "deixar acontecer".
A experiencia acho que foi bastante boa , porque se nao sentisse-mos estas sensações que a arvore nos deu nunca iria-mos conseguir trazer para dentro de um estudio essa sensação tao maravilhosa.
Na arvores encontrei o quanto os pequenos promenores podem ser importantes e gratificantes.
Daniela Moreira
terça-feira, 10 de novembro de 2009
exemplo
como saborear a essência?
Quanto mais se define a receita melhor saberá o prato.
bjs t
Pequenas coisas que revolucionam o mundo
começa-mos por documentar todas as sensações que este trabalho nos provoca do inicio ao fim.
Para começar vamos-nos filmar uns aos outros em contacto com uma arvore, contacto visual e contacto fisico. Depois de todos filmados, vamos visualizar o filme. É normal que ao estar em contacto com a arvore e depois quando visualizarmos o filme vamos sentir algumas sensações e obrigatoriamente essa sensações vão ser logo documentadas. O video nesta fase do trabalho vai funcionar mais como uma lembrança das sensações, gestos, reacções e olhares que tivemos com a árvore, pois estamos mais interessados nas sensações que a arvore e a força da natureza nos possa provocar do que propriamente só na árvore. Queremos que tudo o que seja documentado seja tabém transmitido no trabalho.
Aproveitamos a tarde e vamos fazer um piquenique ao pé da arvore escolhida.
Maria Inês, Maria Eduarda, Sofia, Daniela, Rui Pissarra.
nos vamos começar por delinear a nossa propria definiçao de estado de inconsciencia . vamos gravar nos a dormir , que e um dos estados de inconsciencia mais naturais e depois vamos observar e documentar.
depois vamos definir exactamente onde vamos trabalhar, dentro dos estados de inconsciencia e transpomos isso para o espaço.
Claudia , Edelberto, Tania, Marilia, Marlene e Flavia.
E se o meu corpo reconhece beleza ao soprar no teu ouvido?
Levantar da hipótese e metodologia a seguir
Decidimos que iríamos criar uma imagem íntima, num espaço pequeno e acolhedor. Trabalharemos na improvisação a pares e com a gravação destas improvisações. Esta imagem que pretendemos procurar é uma brincadeira com este sopro, tornar o espaço privado e alheio ao exterior.
Durante a improvisação haverá documentaristas e espectadores a tempo real. Após as gravações visualizaremos o resultado dos vídeos e discutiremos as situações encontradas e, posteriormente, vamos definir os métodos a adoptar.
Bruno, Fransisca, Marcela, Rita, Rute
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
E se o meu corpo reconhece a beleza no corpo do outro
- E se o meu corpo reconhece a beleza no corpo do outro ?
Estava com muito frio e só queria encontrar alguma maneira de me aquecer, mas sozinha vi que não estava a conseguir, o meu corpo procurou e procurou maneiras e técnicas para o fazer e nada, então a única maneira foi procurar o corpo do outro, então aproximei-me do Pedro mas ele não reagiu, por momentos estava a começar a sentir beleza no calor que estava a sentir vindo do corpo dele, mas ele afastou-se, e a outra forma que o meu corpo encontrou foi no rosto da Maria Inês aquele olhar quente e meigo me aqueceu e me fez sentir muito bem, encontrei a beleza no seu olhar, no seu sorriso, e no que a rodeava. Foi um momento único.
Fez-me sentir um conjunto de sensações que o cinema nunca me tinha transmitido, a simplicidade naquele filme foi fundamental e o amor pela música também, ainda não sei se me inspirou para o trabalho ou não mas sem dúvida inspirou-me a ver certas coisas da vida de outra forma, a aceita-las como elas são e sem as tentar mudar, porque a sua origem é que é valorizada, porque é a sua origem a experiencia de vida, os obstáculos e vitórias passasdas e presentes que faz este filme tão especial.
A valorização das coisas pequenas, como por exemplo quando o músico recebe aquela pequena e branca estatueta de beethoven; ficou tão feliz e hipnotizado durantes uns grandes segundos por aquele presente, e essa reacção foi para mim um momento de magia entre tantos outros que este filme retrata.
É belo.
Maria Inês
hipóteses
e se eu encontrar a beleza no simples andar?
e se eu encontrar beleza no som de um violino?
e se eu encontar beleza na nudez?
Maria Inês.
domingo, 8 de novembro de 2009
momentos de iluminaçao
O levantar da hipótese
Daniela Moreira